Pequena, nosso primeiro encontro aconteceu no começo de 2009, perto de quando eu fiquei sabendo que você estava pra chegar.
Ouvi um colega de trabalho comentar com outro, no elevador da empresa, que ele já estava na lista de espera para retirar o próximo DVD da série. Filha, eu também tive que esperar (acho que mais de um mês) para finalmente conhecer Ted, Barney, Robin, Lily e Marshall. Mas valeu a pena. Foi amor logo no primeiro episódio e me tornei mais uma fã aficionada dos cinco inseparáveis amigos e de suas incríveis aventuras narradas com uma precisão pouco confiável. Uma delas (a décima quinta da segunda temporada) surgiu mais uma vez à minha mente e me ajudou a entender como conheci seu pai.
"Lucky Penny" é sobre Ted perdendo não um, mas dois voos para Chicago, onde teria uma importante entrevista de emprego. Ele e Robin tentam recordar os mais recentes eventos do passado e achar o culpado de tal infortúnio.
O primeiro acusado é Barney por ter aceitado uma aposta de Marshall, corrido a maratona de Nova York e ficado "preso" num banco de metrô sem poder mexer as pernas exaustas da corrida. Ted foi em sua ajuda, pulou a catraca da estação sem pagar e teve que comparecer a um tribunal naquela manhã para dar explicações. Por isso, o atraso para pegar seu voo.
Pouco tempo depois, Ted lembra que, na verdade, Robin foi a maior responsável por tudo, porque, se não fosse por ela ter surpreendido Marshall no banheiro, colocando vaselina nos mamilos, ele não teria se assustado, caído, quebrado o dedo do pé e ficado impedido de correr a maratona, fazendo a aposta com Barney...
Robin se defende e diz que Lily é, de fato, a culpada por ele ter perdido o avião, pois se ela não a tivesse convencido a acampar na fila de uma loja de vestidos de noiva em liquidação, Robin não teria ido à casa de Marshall para dormir um pouco e aparecido inoportunamente no banheiro...
Então, os dois se lembram que, se Ted não tivesse achado uma moeda de centavo antiga e vendido-a para um colecionador, eles não teriam ido gastar o dólar e meio conseguido com ela em cachorros-quentes e visto a fila na frente da loja de vestidos de noiva em liquidação... Ou seja, ele próprio tinha colocado em marcha as reações em cadeia que causariam a perda do voo e da entrevista de trabalho em Chicago. Mas, se não fosse por aquele pêni da sorte, Ted não teria ficado em Nova York e não viria a conhecer a futura mãe de seus filhos.
Minha Pequena, o destino também me fez percorrer caminhos bem sinuosos até chegar ao seu pai, em dezembro de 2004. Eu não estaria na Índia naquele momento, se não tivesse terminado um relacionamento anterior um ano antes. E o mesmo relacionamento não teria sido findo, se eu não tivesse ido passar outros seis meses na Europa, em 2003. E, se não fosse a mesma organização de intercâmbio cultural com a qual eu tinha viajado para a Dinamarca, eu não saberia, um ano mais tarde, que haveria outra oportunidade na Índia.
Filha, eu sei que parece confuso e eu própria demorei muito a desenredar esse nó. Mas assim segue a definição de destino (ou sorte, ou sina): "a combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que influem de um modo inelutável." Ou se você preferir um termo tirado das religiões da terra do seu pai, nossos caminhos se cruzaram graças a um carma, uma ação sujeita ao encadeamento de outras causas.
Hoje acho que o mais importante não é saber como, mas por que encontrei seu pai. Mas isso eu te conto quando descobrir.
Ouvi um colega de trabalho comentar com outro, no elevador da empresa, que ele já estava na lista de espera para retirar o próximo DVD da série. Filha, eu também tive que esperar (acho que mais de um mês) para finalmente conhecer Ted, Barney, Robin, Lily e Marshall. Mas valeu a pena. Foi amor logo no primeiro episódio e me tornei mais uma fã aficionada dos cinco inseparáveis amigos e de suas incríveis aventuras narradas com uma precisão pouco confiável. Uma delas (a décima quinta da segunda temporada) surgiu mais uma vez à minha mente e me ajudou a entender como conheci seu pai.
"Lucky Penny" é sobre Ted perdendo não um, mas dois voos para Chicago, onde teria uma importante entrevista de emprego. Ele e Robin tentam recordar os mais recentes eventos do passado e achar o culpado de tal infortúnio.
O primeiro acusado é Barney por ter aceitado uma aposta de Marshall, corrido a maratona de Nova York e ficado "preso" num banco de metrô sem poder mexer as pernas exaustas da corrida. Ted foi em sua ajuda, pulou a catraca da estação sem pagar e teve que comparecer a um tribunal naquela manhã para dar explicações. Por isso, o atraso para pegar seu voo.
Pouco tempo depois, Ted lembra que, na verdade, Robin foi a maior responsável por tudo, porque, se não fosse por ela ter surpreendido Marshall no banheiro, colocando vaselina nos mamilos, ele não teria se assustado, caído, quebrado o dedo do pé e ficado impedido de correr a maratona, fazendo a aposta com Barney...
Robin se defende e diz que Lily é, de fato, a culpada por ele ter perdido o avião, pois se ela não a tivesse convencido a acampar na fila de uma loja de vestidos de noiva em liquidação, Robin não teria ido à casa de Marshall para dormir um pouco e aparecido inoportunamente no banheiro...
Então, os dois se lembram que, se Ted não tivesse achado uma moeda de centavo antiga e vendido-a para um colecionador, eles não teriam ido gastar o dólar e meio conseguido com ela em cachorros-quentes e visto a fila na frente da loja de vestidos de noiva em liquidação... Ou seja, ele próprio tinha colocado em marcha as reações em cadeia que causariam a perda do voo e da entrevista de trabalho em Chicago. Mas, se não fosse por aquele pêni da sorte, Ted não teria ficado em Nova York e não viria a conhecer a futura mãe de seus filhos.
Minha Pequena, o destino também me fez percorrer caminhos bem sinuosos até chegar ao seu pai, em dezembro de 2004. Eu não estaria na Índia naquele momento, se não tivesse terminado um relacionamento anterior um ano antes. E o mesmo relacionamento não teria sido findo, se eu não tivesse ido passar outros seis meses na Europa, em 2003. E, se não fosse a mesma organização de intercâmbio cultural com a qual eu tinha viajado para a Dinamarca, eu não saberia, um ano mais tarde, que haveria outra oportunidade na Índia.
Filha, eu sei que parece confuso e eu própria demorei muito a desenredar esse nó. Mas assim segue a definição de destino (ou sorte, ou sina): "a combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que influem de um modo inelutável." Ou se você preferir um termo tirado das religiões da terra do seu pai, nossos caminhos se cruzaram graças a um carma, uma ação sujeita ao encadeamento de outras causas.
Hoje acho que o mais importante não é saber como, mas por que encontrei seu pai. Mas isso eu te conto quando descobrir.