Fazia mais de dois anos que eu não saía sozinha para assitir a uma atividade cultural.
Desde que minha menina nasceu, já fomos os três ao circo, ao teatro, ao aquário, a uma fazenda, a um safari e até à Itália juntos! Mas, em 24 meses, duas semanas e 3 dias, essa foi a primeira vez que saí, sem filha nem marido, para ver um concerto de música clássica: The Four Seasons by Candlelight, um espetáculo suntuoso com a Orquestra Mozart Festival usando perucas e trajes típicos do século XVIII.
Nem no primeiro, muito menos no segundo aniversário dela (celebrado pouco tempo atrás), eu coloquei um vestido tão fino, maquiagem, joias (impossível perto dela) e pintei as unhas dos pés! Tudo para apreciar, por 180 solitários minutos e à luz de pequenas lâmpadas que pareciam velas, a obra mais popular e executada de Antonio Vivaldi.
Foram mais de 30 libras por um lugar bem no meio e a dez filas distantes do palco e, assim que me sentei no assento 23J, me deparei com uma onda de cabeças brancas à minha frente. E à minha direita. E à minha esquerda! Onde quer que eu olhasse, só via pessoas de meia e terceira idades. Algumas inclusive de bengalas, cadeiras de rodas e com enfermeiros de prontidão. Eu nem tirei o casaco! E a fila para o banheiro durante o intervalo estava um horror!
Talvez meu gosto musical seja um pouco antiquado ou é a consciência do tempo também passando para mim. Ou as duas coisas. O fato é que eu nunca realmente havia me preocupado com o número de primaveras que havia vivido, até dar à luz a uma linda menina na minha 34ª, em novembro de 2009. Foi quando eu percebi que, no momento que ela atingir o auge de sua beleza, aos 21 anos, eu vou estar com 55!
Não sou uma entusiasta das cirurgias plásticas para puxar aqui e ali, mas já comecei a usar meu primeiro creme antirrugas e, em breve, vou estar remexendo nas prateleiras da secção geriátrica de famárcias e supermercados, em busca de ofertas nos kits vitamínicos para amenizar os sintomas da menopausa e evitar osteoporose.
Já me sinto como no terceiro movimento do Concerto No. 2 em Sol menor das Quatro Estações. É verão e, de acordo com a interpretação do compositor italiano, uma tempestade se aproxima de maneira muito rápida (presto) para dar fim a esse período do ano e iniciar o outono da minha vida.
Desde que minha menina nasceu, já fomos os três ao circo, ao teatro, ao aquário, a uma fazenda, a um safari e até à Itália juntos! Mas, em 24 meses, duas semanas e 3 dias, essa foi a primeira vez que saí, sem filha nem marido, para ver um concerto de música clássica: The Four Seasons by Candlelight, um espetáculo suntuoso com a Orquestra Mozart Festival usando perucas e trajes típicos do século XVIII.
Nem no primeiro, muito menos no segundo aniversário dela (celebrado pouco tempo atrás), eu coloquei um vestido tão fino, maquiagem, joias (impossível perto dela) e pintei as unhas dos pés! Tudo para apreciar, por 180 solitários minutos e à luz de pequenas lâmpadas que pareciam velas, a obra mais popular e executada de Antonio Vivaldi.
Foram mais de 30 libras por um lugar bem no meio e a dez filas distantes do palco e, assim que me sentei no assento 23J, me deparei com uma onda de cabeças brancas à minha frente. E à minha direita. E à minha esquerda! Onde quer que eu olhasse, só via pessoas de meia e terceira idades. Algumas inclusive de bengalas, cadeiras de rodas e com enfermeiros de prontidão. Eu nem tirei o casaco! E a fila para o banheiro durante o intervalo estava um horror!
Talvez meu gosto musical seja um pouco antiquado ou é a consciência do tempo também passando para mim. Ou as duas coisas. O fato é que eu nunca realmente havia me preocupado com o número de primaveras que havia vivido, até dar à luz a uma linda menina na minha 34ª, em novembro de 2009. Foi quando eu percebi que, no momento que ela atingir o auge de sua beleza, aos 21 anos, eu vou estar com 55!
Não sou uma entusiasta das cirurgias plásticas para puxar aqui e ali, mas já comecei a usar meu primeiro creme antirrugas e, em breve, vou estar remexendo nas prateleiras da secção geriátrica de famárcias e supermercados, em busca de ofertas nos kits vitamínicos para amenizar os sintomas da menopausa e evitar osteoporose.
Já me sinto como no terceiro movimento do Concerto No. 2 em Sol menor das Quatro Estações. É verão e, de acordo com a interpretação do compositor italiano, uma tempestade se aproxima de maneira muito rápida (presto) para dar fim a esse período do ano e iniciar o outono da minha vida.