Por mais de um ano, aquele livro ficou "esquecido" na minha mesinha de cabeceira, fosse ela na Inglaterra, no Brasil, na Índia ou de volta ao Reino Unido.
Quer dizer, não tão esquecido e não logo no começo. Às vezes, eu o olhava de relance, às pressas, entre uma tarefa doméstica e outra, e ele sustentava meu olhar, ansioso, impaciente, esperando uma ação minha, uma reação ao seu chamado. E eu o respondi (no começo) e folhei suas primeiras páginas com avidez e voracidade. Mas, à medida que eu mergulhava fundo na estória de Kazuo Ishiguro, meu ritmo de leitura diminuía.
Por medo.
Tem sido tão difícil, pra mim, encontrar obras que toquem minha essência e sussurrem para meu coração, que fiquei com medo de prosseguir rápido demais e me deparar com mais um período de vácuo literário. Então, usei ardilosamente da desculpa da falta de tempo e deixei que o tempo me fizesse esquecer do livro.
E do filme (de Mark Romanek) que também não tive coragem de assistir. Por outro tipo de medo. Por aquele temor de leitor purista que quer imaginar os personagens e os cenários sozinho; que quer percorrer os caminhos emocionais da trama de mãos dadas apenas com o autor, sem ser guiado pela interpretação de um terceiro sujeito.
Assim, mais de um ano se passou e eu já tinha me esquecido resignadamente dos dois (mesmo com o livro de volta à minha mesinha de cabeceira), até me deparar com seu título na programação da TV a cabo, algumas noites atrás...
E, finalmente, atendi ao seu clamor, esqueci meus medos e me entreguei à estória, com minha filha sentada no meu colo, sem me dar sossego.
Mas não foi difícil me envolver com os três protagonistas e me emocionar com suas descobertas, perdas e reencontros amorosos, apesar da Pequena demandar minha atenção integral durante aqueles cem minutos de filme. Não foi difícil compartilhar da mesma urgência e do mesmo desejo por uma vida vivida com plenitude, ainda que haja outros planos traçados para nós.
Que esse sentimento jamais me abandone.
Quer dizer, não tão esquecido e não logo no começo. Às vezes, eu o olhava de relance, às pressas, entre uma tarefa doméstica e outra, e ele sustentava meu olhar, ansioso, impaciente, esperando uma ação minha, uma reação ao seu chamado. E eu o respondi (no começo) e folhei suas primeiras páginas com avidez e voracidade. Mas, à medida que eu mergulhava fundo na estória de Kazuo Ishiguro, meu ritmo de leitura diminuía.
Por medo.
Tem sido tão difícil, pra mim, encontrar obras que toquem minha essência e sussurrem para meu coração, que fiquei com medo de prosseguir rápido demais e me deparar com mais um período de vácuo literário. Então, usei ardilosamente da desculpa da falta de tempo e deixei que o tempo me fizesse esquecer do livro.
E do filme (de Mark Romanek) que também não tive coragem de assistir. Por outro tipo de medo. Por aquele temor de leitor purista que quer imaginar os personagens e os cenários sozinho; que quer percorrer os caminhos emocionais da trama de mãos dadas apenas com o autor, sem ser guiado pela interpretação de um terceiro sujeito.
Assim, mais de um ano se passou e eu já tinha me esquecido resignadamente dos dois (mesmo com o livro de volta à minha mesinha de cabeceira), até me deparar com seu título na programação da TV a cabo, algumas noites atrás...
E, finalmente, atendi ao seu clamor, esqueci meus medos e me entreguei à estória, com minha filha sentada no meu colo, sem me dar sossego.
Mas não foi difícil me envolver com os três protagonistas e me emocionar com suas descobertas, perdas e reencontros amorosos, apesar da Pequena demandar minha atenção integral durante aqueles cem minutos de filme. Não foi difícil compartilhar da mesma urgência e do mesmo desejo por uma vida vivida com plenitude, ainda que haja outros planos traçados para nós.
Que esse sentimento jamais me abandone.
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