Uma vez por ano, no Hemisfério Norte, a Natureza recebe a tão esperada visita do senhor Inverno. E ele nunca chega sem aviso.
Pouco antes, bate à porta da matriarca atemporal seu acompanhante menos taciturno, o Outuno, que se ocupa com os preparativos da casa. Assim que ele se instala, o Sol passa a fazer sua caminhada diária pelos aposentos com um olhar oblíquo, tímido e sem muita força, como se quisesse evitar o acanhamento de qualquer uma das partes em relação à dança erótica que está prestes a ser encenada.
Primeiro são os adornos primaveril e veranil, presenteados por visitantes anteriores, a serem retirados de seus membros galhudos e troncosos.Depois, as árvores se despem de seus pesados trajes verdes e permanecem, apenas, com uma vestimenta mais leve e sensual, que pode variar entre as cores amarela, laranja e vermelha.
Então, é o Sol que fica acanhado diante da nudez da Natureza e faz caminhadas cada vez mais curtas e distantes... Ele parece estar tão longe que ninguém mais é capaz de sentir o calor de sua presença. Ou de ver o brilho de sua luz! É quando os quartos da casa se enchem de breu e as árvores, protegidas pela escuridão, despojam de suas últimas folhas de inibição e esperam a chegada iminente de seu amante sorumbático completamente nuas e vulneráveis.
Por certo, o senhor Inverno pode não ser tão apaixonado como o Verão, mas ele é muito atencioso com sua senhora e adentra a morada da Natureza trazendo seu cobertor branco e macio, preparado para uma longa noite de amor...
E os dois namorados se amam e se demoram preguiçosamente no leito, até o Sol voltar a aparecer na janela e seus pequenos rebentos anunciarem o momento da partida. É hora de se vestir e se arrumar para receber a prima Vera, que já está na soleira da porta, pronta para tocar a campainha.
Pouco antes, bate à porta da matriarca atemporal seu acompanhante menos taciturno, o Outuno, que se ocupa com os preparativos da casa. Assim que ele se instala, o Sol passa a fazer sua caminhada diária pelos aposentos com um olhar oblíquo, tímido e sem muita força, como se quisesse evitar o acanhamento de qualquer uma das partes em relação à dança erótica que está prestes a ser encenada.
Primeiro são os adornos primaveril e veranil, presenteados por visitantes anteriores, a serem retirados de seus membros galhudos e troncosos.Depois, as árvores se despem de seus pesados trajes verdes e permanecem, apenas, com uma vestimenta mais leve e sensual, que pode variar entre as cores amarela, laranja e vermelha.
Então, é o Sol que fica acanhado diante da nudez da Natureza e faz caminhadas cada vez mais curtas e distantes... Ele parece estar tão longe que ninguém mais é capaz de sentir o calor de sua presença. Ou de ver o brilho de sua luz! É quando os quartos da casa se enchem de breu e as árvores, protegidas pela escuridão, despojam de suas últimas folhas de inibição e esperam a chegada iminente de seu amante sorumbático completamente nuas e vulneráveis.
Por certo, o senhor Inverno pode não ser tão apaixonado como o Verão, mas ele é muito atencioso com sua senhora e adentra a morada da Natureza trazendo seu cobertor branco e macio, preparado para uma longa noite de amor...
E os dois namorados se amam e se demoram preguiçosamente no leito, até o Sol voltar a aparecer na janela e seus pequenos rebentos anunciarem o momento da partida. É hora de se vestir e se arrumar para receber a prima Vera, que já está na soleira da porta, pronta para tocar a campainha.
3 comentários:
Poético demais! Muito lindo, amiga. bjos
Que inspiração!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bjs
Eunara
lindo, inspirador!
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