quarta-feira, 21 de abril de 2010

Little but Loud

Quem não chora não mama, não ganha colo, não toma banho, nem tem a fralda suja trocada.

Sim, com apenas 5 meses, minha filha já aprendeu essa lição e sabe ser muito barulhenta. Na verdade, ela parece ter vindo da “fábrica” com esses conhecimentos. Desde que tinha uns poucos dias de vida, impressionava e encantava a todos com seu beicinho e sua testa franzida e já ficava quieta na sagrada hora do esforço concentrado: um silencioso aviso de que algo estava a caminho.

Também muito cedo, reclamava ao vestir aquelas roupas de bebê largas e exageradamente coloridas, mas com a gola sempre apertada e cheia de laços, rendas e babados ridículos.

Graças às brincadeiras pouco convencionais da minha sogra, ela rapidamente aprendeu a gritar e, hoje, anda ensaiando suas primeiras palavras. Aliás, tive a impressão, dia desses, de ter distinguido um “oh, my God” dos seus balbucios, uma vez que o inglês é a língua comum dos seus pais. E, por falar nela, a minha pequena mas barulhenta filha nasceu com uma bem grande... Provavelmente, porque vai ter que se virar em outros três idiomas, além do já mencionado.

E ela está aprendendo a usá-la, inteligentemente, de outras maneiras. É com a língua que ela empurra a mamadeira quando está satisfeita e experimenta o mundo (cheio de diferentes texturas e sabores) ao seu redor.

Talvez por essa razão, faça tanto barulho na hora de dormir. Há tantas coisas a serem provadas, cheiradas, sentidas que ela parece estar protestando, não contra mim, mas contra os próprios olhos já cansados de um dia inteiro de descobertas.

E é nesse momento que me orgulho de dizer que, sim, ela é pequena e barulhenta, mas eu sou mais experiente e sei que não há quem não adormeça depois de um banho de banheira, uma massagem relaxante, roupas limpas e um pouco de leite morno.