segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Bela e as duas Feras

Era uma vez, na pacata Edinburgh Drive, uma família incomum.

O marido era indiano, a esposa, brasileira, e a pequenina, uma Bela mistura de ambos.
Os três não viviam felizes já há algum tempo, mas num lindo domingo ensolarado de abril, algo deu extremamente errado.
Não foi a maldição de nenhuma feiticeira disfarçada de mendiga que passava à procura de abrigo do frio, nem a vingança de uma bruxa furiosa por não ter sido convidada para o nascimento da princesa da casa.
Eram apenas dois pais transformados em Fera por míseras duas libras.
Era um casal (sem mais amor, respeito ou paciência pelo outro) se agredindo, verbal e fisicamente, na frente da filha assustada e em prantos; procurando o bandido desta estória que não é da carochinha nem de faz-de-conta, mas de horror. E cujo final ainda está por ser escrito, pois não se sabe se a Bela Acordada vai ser outra Fera ou se vai virar um adorável Cisne e fugir com a Pequena Sereia da ilha de Shakespeare para a de HC Andersen.
É um conto gótico que nem Poe ousou colocar em papel, pois não se sabe quantas vezes o Lobo e a Loba Maus vão ter que assoprar e assoprar e assoprar de raiva para colocar a casa e a família abaixo.
Mas talvez ainda seja possível um final feliz.
Pode ser que uma Fada Madrinha tenha piedade do casal Adams e lhes ofereça uma poção mágica, capaz de fazê-los pôr o orgulho e as palavras ferinas de lado e reencontrar o amor nos seus corações sombrios, para que todos sejam felizes até o próximo capítulo.

Para saber mais sobre Contos de Fadas, visite o site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_de_fadas#Os_Irm.C3.A3os_Grimm_e_o_Esp.C3.ADrito_Teut.C3.B4nico

Um comentário:

Ana Dos Santos disse...

como é difícil um casamento ...mas só o amor constrói!